quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lugares a visitar:

Sabugal
O Sabugal pertence ao Distrito da Guarda, região Centro e sub-região da Beira Interior Norte. Fica em Terra de Riba-Côa (terras situadas entre a margem direita do Riba-Côa e a margem esquerda do Rio Águeda). Esta cidade tem vários monumentos que merecem ser visitados.
Vamos começar com o património histórico:

- Castelo do Sabugal
Castelo do Sabugal ou Castelo das Cinco Quinas, este é conhecido pelo formato incomum de sua torre de menagem.
Em posição dominante sobre a povoação, num pequeno planalto da serra da Malcata, controla a travessia do rio Côa em sua margem direita, donde a sua importância na antiguidade e na época medieval.

"Castelo de cinco quinas
Só há um em Portugal
Fica na beira do Côa
Na vila de Sabugal"


-Solar dos Britos
Casa dos Britos é a única caso com brasão na Cidade do Sabugal.
Arquitectura civil – No séc. XVII pertenceu a Brito Távora Silva. Hoje apenas existe a entrada nobre, que é precedida por escadaria de degraus semi- circulares antecedendo um alpendre. Possui um pórtico ladeado por colunas jónicas estriadas, sendo o coroamento constituído pelo brasão, encimado por um motivo concheado e ladeado por volutas; o alpendre é sustentado por colunas jónicas, mas de fuste liso.

-Largo da fonte
Em 1893 o Sabugal dispunha apenas de uma fonte para abastecer de água toda a vila. O que era, como é óbvio, manifestamente insuficiente para as necessidades da população, e, sobretudo, não reunia o mínimo de condições higiénicas para a sua utilização.
Era uma situação que se verificava em todas as outras freguesias: pouca água e por vezes distante, e sempre de má qualidade.
Era uma fonte de mergulho, dizia-se que mandada construir por D. Diniz, mas sem dúvida que velha de séculos.
Tinha uma cúpula pesada, mas interessante, e que chamava a atenção.
Situava-se no Largo da Fonte, junto das eiras, e ao lado da estrada que ia do Sabugal para Aldeia do Bispo.
Rodeada de um lajedo que lhe servia de pátio, era ali que pelo S.Pedro, ao som do pífaro e da viola, se juntavam todos os rapazes que queriam servir como pastores ou como ganhões. Era também nesse espaço que os ranchos de ceifeiras eram contratados, cada um procurando com a sua alegria e genica na dança, dar uma ideia do seu valor no difícil trabalho da ceifa.
Era também um importante centro de cavaqueio, pois embora o lugar fosse desabrigado era soalheiro, e, mais a mais, era lá que se juntavam todos, velhos ou novos, uns em busca da preciosa água, outros em busca de notícias.
Era, afinal, na sua essência, como todas as outras das aldeias, pois nesse aspecto, entre vila e aldeia não havia grandes diferenças. Como também em muitos outros a proximidade entre o homem e o animal era muito maior. A água para o homem estava logo ao lado da do animal, o que nem era para surpreender, pois também partilhavam o mesmo tecto, um por cima o outro por baixo, e quantas vezes, já o século XX bem avançado, como ainda me recordo de ter visto em Aldeia do Bispo, era no mesmo piso que coabitavam.
Fundamentais para a vida das comunidades, nada contribuíam para a sua salubridade tão grande era a sua promiscuidade.
A água era recolhida em cântaros de barro, feitos na Malhada Sorda, que se não ia contaminado quando chegava à fonte passava-o a estar depois, pois o local estava sempre cheio de dejectos dos animais que ali iam dessedentar-se.

-Torre sineira do Sabugal
 Data possivelmente do séc. XIII – Torre de planta quadrada, rematada por cornija com gárgulas de canhão, integrando não apenas o relógio, mas também uma sineta; cobertura com abóbada de cantaria; fazia parte integrante da cintura de muralhas que envolvia a vila, defendendo a porta que lhe está contígua, porta essa em arco quebrado, apresentando escudo e coroa real, ladeados por esfera armilar.

-Igreja Matriz de Sabugal
(Influências Barrocas, em termos de gramática decorativa, mas com escassas variantes: pórtico recto, coroado por frontão interrompido e decorado com conchas, palmetas e volutas, tal como a base da cruz de remate; torre sineira de planta quadrada com quatro aberturas sineiras, possuindo gárgulas de canhão; observam-se vários acrescentos adossados aos alçados laterais; coro-alto de madeira assente em colunas graníticas. A primeira edificação da Igreja datará da época medieval. Era Abadia da apresentação de Mitra - 2ª metade do séc. XVIII)

-Igreja da Misericórdia no Sabugal
Igreja Medieval - integra duas pedras gravadas, classificadas como Imóvel de Interesse Público; nave única; pórtico em arco de volta perfeita com quatro arquivoltas;
campanário com duas aberturas sineiras; cachorrada decorada com motivos geométricos; possui pia baptismal, também com decoração geométrica incisa; púlpito com coluna estriada e balcão poligonal, em granito; integra um retábulo neo-gótico e três retábulos em talha dourada numa derivação do estilo rocóco.
Sofreu consideráveis alterações no séc. XVII, encontrando-se a data de 1687 inscrita no janelão da fachada principal, agora entaipado. Parece ter pertencido à Ordem de Malta. Posteriormente passou para a dependência da Irmandade da Misericórdia que instalou nas proximidades um pequeno albergue destinado a peregrinos e hospício.

Património natural:

-Rio côa
O rio côa é um curso de água muito importante no concelho do Sabugal, pois serviu de fronteira a Portugal até ao tratado de Alcanizes.
Este rio nasce na freguesia de Fóios, na serra das mesas, já próximo da fronteira com a Espanha, corre do Sul para o Norte até desaguar no Rio Douro.
Desde a antiguidade que o Rio Côa serve de guarida as populações. As suas águas servem para regar os campos de cultivo, fazendo com que as suas margens sejam verdadeiros “viveiros de economia” das localidades por onde ele passa.
Nos últimos anos foram aparecendo as praias fluviais, como exemplos: praia fluvial do sabugal, Quadrazais, Vale das Éguas, Rapoula do Côa…
Destas águas podemos aproveitar diversas espécies como as trutas, barbos, bordalos, e as Bogas

Sem comentários:

Enviar um comentário